Saturday, November 27, 2010

Como fazer um saco de pano com forro

Ok. Acho que há outras maneiras de fazer, que sejam mais fáceis ou resultem num saquinho mais bem acabado. Esse foi o jeito que eu achei hoje.

1. Corte dois pedaços de tecido no mesmo tamanho:

2. Costure três dos quatro lados (eu deixei sem costura o que depois seria o fundo):

3. Corte os dois cantinhos:

4. Vire para o direito. Faça uma barrinha e costure o lado que falta:
Obs.: pra garantir, alfinetei a barra dos dois lados e depois juntei:

5. Dobre o saquinho no meio, com o direito pra dentro, e marque o lugar onde parar de costurar para depois prender o passador com um alfinete:

6. Costure o contorno assinalado pelos alfinetes, mas mais junto da borda:

7. Alfinete e costure o passador:

8. Vire o saquinho do avesso e, com o auxílio de um grampo, clip ou pinça, passe uma fita ou cordão pelo passador:


Pronto. O saquinho é um presente, que pode levar outro:



Thursday, November 25, 2010

Hoje choveu granizo

Vídeo: aula de Feldenkrais com um bebê

Feldenkrais é uma técnica corporal que ajuda a reestabelecer a consciência corporal. Basicamente oferecendo a possibilidade de atentarmos de novo para os nossos movimentos e assim experienciá-los, ou seja, existir corporalmente. Hm.

Sempre que tento explicar me saem essas formulações difíceis. Por isso amo esse vídeo, que a Adriana compartilhou no facebook. A gente entende rápido o que é uma existência corporal consciente e lembra que a consciência não é originalmente um troço separado do corpo, tipo um inspetor de casaca olhando tudo de lá de cima e anotando tudo numa caderneta de couro preto.

Existem vários tipos ou formas de consciência - não é nada místico, óbvio -, coisa que nós, adultos ocidentais, costumamos esquecer, empobrecendo assim nossa experiência e eventualmente adoecendo por isso.


Amo esse vídeo também porque ele lembra que tudo o que a fina flor da cultura ensina é o básico esquecido, agora retomado noutro nível - noutra potência, como dizia Schelling, e espero que ele me perdoe a apropriação nesse contexto.

O que nos ajudaria a não fetichizar todas essas coisas, quero dizer, achar que a consciência corporal e as técnicas para desenvolvê-la são um troço muito refinado, que depende de frequentar espaços brancos e caros com jardins bem cuidados.

Sunday, November 21, 2010

Almofadas de alfinetes

Feitas nos últimos dias. Gosto bastante dessa forma:

E essa é uma tentativa de porco espinho, também chamado, aprendi, de ouriço-cacheiro (por que será?):

Saturday, November 20, 2010

Comer melhor: feira de orgânicos do Parque da Água Branca

Pois é, tem que ir comprar. Fazia muito tempo que eu não ia a essa feira, que era muito, mas muito cara. Hoje ela me pareceu cara, mas não impossível. A grande questão é chegar lá e sair de lá com as compras. Fui de carro, mas as vagas são escassas - e qual o sentido de um sistema de distribuição de comida saudável baseado no automóvel?

Por outro lado, é beeem chato andar de ônibus com uma ou mais sacolas pesadas, pra não falar que os benditos passam menos de fim de semana. Então parece que o acesso aos orgânicos continua mais difícil que aos produtos convencionais, mesmo se a gente não leva em conta que essas feiras de orgânicos são raridade. Muita gente faz encomendas e recebe em casa. Pra mim, o ideal seria que as feiras-livres tivessem orgânicos - ideal mesmo, que só tivessem orgânicos.

Bom, essa é a entrada do pavilhão onde fica a feira:

Tem uma barraca de pães, bolos, chás e sucos bem concorrida:

Hoje estava acontecendo uma aula aberta sobre como cozinhar banana verde:

E essa é a feira propriamente dita:


E o que eu trouxe pra casa:
A compra deu R$19,50. O item mais caro foi o tofu (4,75). Os tomates estavam a 5,90 o quilo. A erva-doce foi 3, a alface (2 pés) R$2, a cenoura também, a couve 2,50. Sem o tofu, são 15. Na feira da rua teria dado uns R$10, acho. Pra mim, tá valendo.

Dirigir até lá, passear, tirar fotos, comprar as coisas, comer o bolo de milho e dirigir de volta, tudo gastou 1h15.

Parque da Água Branca

Continuo o assunto de ontem. Para comer melhor é preciso ter ingredientes saudáveis. E para isso preciso ir comprá-los.

Hoje fui à feira de produtos orgânicos do Parque da Água Branca, que por si já vale a visita. Então, antes de falar da feira, aqui vão umas fotos do parque, pra quem não conhece ou não vai há tempos. Diferente dos outros parques da cidade, está cheio de antigas edificações. Há uma grande pérgola:
E árvores enormes...
Como em todo parque, é legal ver gente de diferentes condições sociais usando o mesmo espaço de um jeito mais vivo. Dá pra ver o casal fazendo piquenique debaixo da árvore?
Para as crianças, esse parque é especialmente legal, porque há vários bichos pequenos soltos, principalmente galinhas. Eles têm também um meliponário - um viveiro de abelhas nativas, que eu conheço como jataí, que não têm ferrão.
Há uma "lanchonete" com um fogão a lenha. A administração do parque parece ter escolhido fazer dele um repositório de cultura caipira - eles fazem inclusive um festival de cultura tradicional paulista, ou algo assim. O quanto essas coisas são válidas, eu não sei. Funcionam em alguma medida, já que lá na frente hoje havia uma aglomeração de gente comendo bolo com café e ouvindo um rapaz tocar música sertaneja. A senhora que está na foto atrás dele cantou junto, lindamente. Já o próprio moço cantava com aquele falsete às vezes exagerado, claramente inspirado nas duplas sertanejas mais pop de hoje. Mas ornava. E o bolo de milho estava excelente.

Friday, November 19, 2010

I Festival orgânico de São Paulo

Como fiquei curiosa sobre as feiras, fui dar uma olhada no site da Secretaria Municipal de Abastecimento (tem uma lista das feiras da cidade) e descobri esse evento, semana que vem.


Programação do I Festival Orgânico de São Paulo no Mercado Municipal

Vegetarismo e Sustentabilidade

23.11 (3° feira)
24.11 (4ª feira)
25.11 (5ª feira)
26.11 (6ª feira)
Forúm

Orgânicos na Gastronomia 9h00 às 12h00

Fórum

Vegetarianismo e Sustentabilidade 9h00 às 12h00

Fórum

Dieta sem carne para crianças 9h00 às 12h00
Fórum

Alimento Vivo
9h00 às 12h00
Moderador: Maria Beatriz Martins Costa - Diretora do Planeta Orgânico e da BioFach da América Latina
Moderador: Márcio Stanzani - Jornalista e Secretário Executivo da AAO (Ass. Agricultores Orgânicos)
Moderador: José A. Taddei - Médico, Nutrólogo e Pediatra da UnifespModerador: Leila D. - Chef de Cozinha , especializada em culinaria vegetariana, Idealizadora do Festival, proprietária da Galleria Orgânica que desenvolve produtos orgânico para eventos e lojas
Ondalva Serrano - Agrônoma e doutora em agronomia pela Luiz de Queiros e Presidente da AAO
Marly Winckler - socióloga, coordenadora para a América Latina e o Caribe da União Vegetariana Internacional ( www.ivu.org/latin-america.html), com sede na Inglaterra. Preside a Sociedade Vegetariana Brasileira (www.svb.org.br) e o 36º Congresso Vegetariano.
Dr. George Guimarães - Nutricionista
Alberto P. Gonzalez - médico cirurgião formado pela Universidade de Brasília, com mestrado e doutorado pelo Instituto de Pesquisa Cirúrgica da Universidade Ludwig Maximilian de Munique (Alemanha), especialista em Nutraceutica. Atualmente, dirige a Oficina da Semente e é coordenador do curso de extensão Bases Fisiológicas da Terapêutica Natural e Alimentação Viva.

Sandra Caires - Gerente Comercial de Alimentos Orgânicos do Pão de Açúcar
Cênia Salles - Idealizadora do projeto Empório Siriúba, pesquisadora e consultora em gastronomia com foco na cozinha saudável. Presidente no Brasil do movimento Slow Food. "Dr. Eric Slywitch - médico nutrólogo, especialista em nutrição enteral e parental e vegetariana. Coordenador do Depto. de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira.
Autor dos livros: Alimento sem carne: Guia pratico e Virei vegetariano, e agora?

Flávio Passos - Chef especializado em alimentação viva
Fernando Ataliba - Agricultor de orgânicos há 20 anos (Sitio Catavento)
Cláudia Matos - Chef de Cozinha, especializada em gastronomia vegetariana e proprietária do espaço Zym Café.
Marco Clivati - Pai, Jornalista, Editor da Revista Vegetarianos
Maria Tereza Casulli -Nutricionista da Fundação Mokiti Okada
Anayde Lima - Chef e proprietária do restaurante Julia
*******************Conceição Trucom - química, cientista, palestrante e escritora de temas voltados para a alimentação. Eduardo Farah - proprietário do restaurante Anna Prem - Alimento vivo e Culinária Yuvérdica
Alessandro Segato - Chef de Cozinha
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Oficina de Gastronomia

Receitas Saudáveis para Crianças 15h00 às 17h30

Oficina de Gastronomia

Oficina de Soja 15h00 às 17h00h

Oficina de Gastronomia

Gastronomia Vegetariana
15h00 às 17h00h
Oficina de Gastronomia

BioChip 15h00 às 17h00h

Fernanda Franco - Nutricionista e Culinarista
Amélia Mieko Wada Santana – Culinarista da Fundação Mokiti Okada
Luana Budel - Chef de cozinha especializada em gastronomia vegetariana
Ana Branco - Professora do Depto de Artes e Design da PUC – RJ, desenvolve o trabalho de desenho vivo com hortaliças
Chá com convidados
16h00 às 19h00
Chá com convidados
16h00 às 19h00
Lançamento do livro "Comer Bem, Comer mal"

Cha com convidados
16h00 às 19h00
Chá com convidados
16h00 às 19h00
Nadiella Monteiro - Projeto Agricultura Limpa da Supervisão Geral de Abastecimento

Ana Flávia - Kairós

Conceição Trucom - química, cientista, palestrante e escritora de temas voltados para a alimentação natural, qualidade de vida e bem-estar.Bate papo sobre seus livros na tarde do dia 24 a partir de 16h.


Sonia Hirsch - Escritora.

Tarde de autógrafos com varios livros da autora.

Seminario: BioChip Ana Branco -Professora do Depto de Artes e Design da PUC – RJ, desenvolve o trabalho de desenho vivo com hortaliças




Jantar Jantar Jantar*************

Zym Café - Chef Claudia Mattos

Marcel Restaurante - Chef Raphael Despirite
Maha Mantra - Chef André Luis
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Comer melhor: onde está a comida?

O que eu curti na palestra da Carolyn que postei ontem é que ela pensa a comida como um problema de organização das cidades. Porque esse é um aspecto pouco discutido quando se fala em dieta, seja para emagrecer, seja para melhorar a saúde: antes de pilotar as panelas, é preciso comprar os ingredientes em algum lugar.

Pra maioria das pessoas, planejar e fazer uma compra semanal de frutas, verduras e legumes é o primeiro passo pra melhorar a dieta. O tempo que isso leva é o primeiro e mais importante investimento. Que todo "microbairro" tenha uma feira, é uma questão de saúde pública (como também que os alimentos orgânicos sejam mais baratos e acessíveis). Essas fotos foram feitas na quarta, na feira aqui perto de casa, um dos lugares-eventos de que eu mais gosto:

Como a berinjela, a abobrinha e o pimentão amarelo estão de época, é possível comprar a base da caponata por R$2. Um quilo de cebola também sai por esse preço.


Pra quem não conhece: em São Paulo toda feira tem pelo menos uma barraca de pastel. Elas ficam nas pontas, e geralmente são acompanhadas do carrinho do caldo de cana (que hoje vende outras bebidas também). Na hora do almoço muita gente...

Também dá pra comprar todo tipo de cereais, grãos, temperos. E há geralmente barracas que são como mercearias: têm macarrão, azeitona, de tudo... até barraca de roupa e sapato nessa aqui perto tem.

Essa é uma das minhas preferidas, lógico: