Daqui a poucos meses, vamos embora. Donde a Olimpíada ser um momento privilegiado de reflexão sobre essa pátria mãe gentil e sua prole.
Hoje, de novo, um brasileiro estava a ponto de ganhar uma medalha, podia ser de prata, se o americano errasse, de bronze, se não. O americano errou.
O brasileiro conseguiu quebrar o recorde olímpico no salto seguinte. Agora, se o francês errasse, era ouro. E a torcida vaiou enquanto o francês se preparava pra sua última tentativa. Ele fez um gesto com o polegar pra baixo. O pessoal continuou vaiando. E o cara errou.
Na tv, os narradores esportivos torciam pelo erro. Os espectadores mandaram seus vídeos torcendo pelo erro. Talvez na sua casa seja ok torcer para que alguém erre, mas em grupo e na cara do camarada não é. Não é.
Update: o francês, La Villenie, foi vaiado na cerimônia de premiação, com a desculpa de que ele tinha xingado a torcida no twitter, e chorou. O brasileiro que ganhou a medalha de ouro foi lá depois conversar com ele e pedir desculpas pelo comportamento do público.
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