Da Folha de São Paulo do último sábado 6 de outubro (excerto):
"Preços sobem 0,57% no mês passado, com impacto dos aumentos de commodities como soja, trigo e milho
Pedro Soares, do Rio
(...)
Num cenário de juros em níveis historicamente baixos e de retomada da economia neste segundo semestre, a inflação voltou a preocupar com um choque dos preços dos alimentos e a persistência da alta de serviços.
O sinal de alerta veio do IPCA, índice oficial do país, do mês passado: a taxa de 0,57% foi a maior para o mês desde 2003.
Desde junho, a inflação está em aceleração, mas a tendência se intensificou em setembro, quando especialistas creem que os alimentos chegaram em seu "pico" de alta.
A subida decorreu do repasse do aumento das cotações internacionais de importantes produtos como soja, milho, trigo e arroz, que sobem por problemas climáticos no Brasil e no exterior.
Esses produtos são matérias-primas de vários itens e insumo de rações animais - o que impulsionou preços de carnes e aves. Em setembro, a alta dos alimentos (1,26%) foi a mais intensa para o mês desde 2002.
(...)"
Os tais "problemas climáticos" são catástrofes como grandes secas ou inundações que quebram safras mundo afora. O preço dos alimentos básicos, os cereais, que se tornaram commodities, só fez subir nos últimos anos, muito acima da inflação.
À medida que a mudança climática produz "problemas" cada vez maiores, a resposta tem sido criar uma bolsa de apostas em que se joga com o alimento futuro - o lastro desse jogo é a fome, quer na roupagem tradicional, quer no disfarce de supernutrição sem nutrientes - a tal "epidemia mundial de obesidade".
A outra parte da resposta é essa agricultura geneticamente modificada e devidamente patenteada.
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