Tuesday, March 27, 2012

Enquanto isso, Marisa Monte


Enquanto isso
anoitece em certas regiões
E se pudéssemos
ter a velocidade para ver tudo
assistiríamos tudo
A madrugada perto
da noite escurecendo
ao lado do entardecer
a tarde inteira
logo após o almoço
O meio-dia acontecendo em pleno sol
seguido da manhã que correu
desde muito cedo
e que só viram
os que levantaram para trabalhar
no alvorecer, que foi surgindo
Meanwhile
Meanwhile night falls
into regions
and if we could just see faster
we could watch everything
Dawn is next to night
and getting darker
and all the afternoons
are falling, falling
And then just after lunch
Noon rose into full sunlight
And then another morning
running early
seen only by those who rose
in time to work.
In the dawn that was the rising.
In the dawn that was the rising.

Friday, March 23, 2012

Cajuína, Caetano Veloso

Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina 


Aqui um texto sobre essa letra.

Thursday, March 22, 2012

Sopa de abóbora japonesa

Eis uma receita do tipo "cozinha pós-parto". Ou "culinária da mãe atribulada". Etecétera. O único trampo é picar a cebola e o alho. 

Mas antes, a história. Uma vez eu fui a um restaurante japonês e resolvi pedir uma "refeição". Vieram tantas tigelinhas, algumas com coisas tão misteriosas, que eu quase não reparei quando veio um pouco de sushi e sashimi. Mas o que me surpreendeu mais foi uma sopa muito picante de abóbora, que inspirou esta. 

Pra quem não sabe, a abóbora japonesa é aquela esférica, com a casca rugosa e verde escuro. Ela me parece mais "pesada" que as outras tanto na textura quanto no sabor.

Comecei com meia abóbora, parti em dois pedaços e cozinhei até ficarem macios. Crua a abóbora é dura e chata de descascar, cozida é bem fácil. Dispenso a água porque não gosto do sabor.


Depois é amassar com um garfo ou bater no liquidificador (aí precisa acrescentar água).


Refogo cebola e alho (não custa avisar, o alho demora bem menos que a cebola, então ele vai depois), e pimenta calabresa seca - eu não tinha, mas gengibre picado é muito bom. E acrescento o purê e mais água, se precisar.


Aí é só deixar ferver um pouco pros sabores se fundirem.

 No fim, vão as ervas. Eu não tinha ervas frescas - e o objetivo na cozinha pós parto é a praticidade - joguei uma mistura pronta de ervas desidratadas que tem salsinha, cebolinha, louro e hortelã. Pra minha grata surpresa, o hortelã funcionou muito bem com a pimenta, e como a abóbora é densa, não ficou parecendo uma sopa de pasta de dentes.